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Brasil, 18 de fevereiro de 2021.
Carta a Mario Loff
Eu me apaixonei por você do mesmo modo que me apaixonei pelo último grande escritor de língua portuguesa José Saramago. E não foi somente por sua escrita, de um lirismo gostoso que consegue suavizar o peso das palavras que gritam os horrores dos corações oprimidos, mas por sua sensibilidade e lucidez, peculiar dos amantes das gentes e de suas culturas.
As barreiras que impedem a propagação da nossa literatura são monstruosas. Vai aí o reconhecimento do grande trabalho do Marcelo Fávaro para divulgar os autores que não interessam às editoras, apesar de toda dificuldade de lidar com as plataformas dos monopólios internacionais da internet.
Na luta pela divulgação da literatura, temos de reconhecer que, no momento, estamos irremediavelmente em desvantagem no que diz respeito a competir com os autores que criam linguagens universais, cuja escrita pífia, arrogante e preconceituosa patrocinada por grandes investidores, não tem outro propósito senão o de demonizar outros povos, sobretudo os povos latinos e africanos, suas línguas e suas culturas.
Como diz Marcelo Fávaro, é preciso ouvir autores de toda parte do mundo para compreender o universo literário de maneira ampla e ao mesmo tempo particular. Creio que a maior dificuldade em conquistar leitores para que aprendam a interpretar e compreender um texto, é justamente a falta de conhecimento da linguagem do seu autor.
Por isso a necessidade de construir uma linguagem universal própria da nossa língua. E isso eu encontrei no seu texto com a mesma facilidade que se encontra nos textos de Lima Barreto que, embora sem o lirismo que nos encanta, fala de coisas particulares de amplitude universal.
Somos gotas no oceano onde uma escapa e imediatamente outra ocupa seu lugar, mas no que depender do meu desejo, você terá seu nome entre os maiores da literatura de língua portuguesa.
Força e sucesso!
Silvia Reis.
Obrigado @contoumconto_favaro

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