Halloween party ideas 2015

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Sempre achei que se as mulheres quando aceitarem casar com um homem em primeiro lugar deveriam negar a cedência do seu nome e seu apelido, isso é uma submissão legalizada, a primeira insubmissão da mulher perante o homem deveria ser isso, negar a perda do apelido. quando cai o seu apelido lhe cai-lhe um pouco a cara, um pouco dos lábios, um pouco o corpo, um pouco as saias, um pouco as costas nas tinas, um pouco os cabelos deslisados que queima a sua identidade, um pouco que era mantida no Kabelo bedju i badia di fora. Ela ganha um certo premio num novo apelido, legalizado. O casamento melancoliza, e é um ato feliz para quem assiste. Num certo momento da vida a Simone Beauvoir terá toda a razão.

II


Há dias estava eu a ler o meu amigo Pablo Neruda que dizia a sua amada, “você sabe de uma coisa/ você sabe como é/ Se eu olhar para  a lua cristalina/para o galho avermelhado/ do lento outono/ a minha janela/ tudo me leva a você” provavelmente este senhor poeta de dimensão de cristo, entendia a outra parte da mulher que se estende em outra dimensão na mulher de hoje, o romantismo já é assunto de segundo plano, é um compromisso sem acordo, passa rápido, mas fica as boas memorias, as próprias lindas palavras fica só nisso. Beleza desapegada. É bem possível que hoje esses furacões de nome mulher se case e não se abrase, compromete e não se submete, cria e se recusa a recriar a partir dos restos, se fica, recusa a não viver, dar vida as coisas mortas, caminhos da fortidão.


III


Nessas pequenas grandes coisas entendo as mudanças de Madame Bovary, alias antes é Ema, e as mudanças a partir da leitura dos clássicos, por aqui nessas ilhas as mulheres são clássicas e muito pouco influenciadas pelos clássicos, o meu pedido para a amiga Rosana é isso, fortifica as mulheres a partir dos livros e grandes personagens, não que metam uma Bovary por dentro que nem tudo são bons exemplos, temos escritoras que têm grandes personagens, é só serem grandes cada uma delas, mais ainda, sendo mais livres que os livros.


É cada vez mais visível ver as mulheres a serem figuras que estão despostas a percorrem grandes segredos dos escritórios do amor, são personagens saídas de dentro de uma outra antiga que moldou alguém homem a ferro e fogo, moldou as suas canseiras, frustrações, formas de comer a própria fome nos barros, binde é furado, divã é cura do corpo cansado, criança é o nascer do mundo e o corpo da mulher é a negação do desprezo, chamamento do ego do macho esfomeado. Quatro pedra e um fogão que incendeia é arte, a boca, o fogo de pronunciamento da fome, lugar que come e se tira a palavra mágica que educa.


III


Nesta semana a Rosana esteve no Tarrafal, fomos o lugar mais seguro do mundo por três dias graças ao senhor saab, e pouco sabíamos, essa influencia de maduro, nos poucos maduros em certos pontos. Não tenho essa mania de falar de uma só pessoa, para faze-lo tinha que ser possuidora desta outra parte que o Neruda talvez viu e pouco disse, feminidade, essa força que esteve presa nos seios das grades de modju de lenha, livros fechados, un bon konbersu sabi pagadu, un funaná negadu, uma rocha feia que espanta a noite e encanta o dia quando o homem vai a faina, a mulher poe a mão no batente da porta e na outra mão a menina deseja ir atras de um livro sem as escrituras feminina com consciência humana. Uma boca considerada demasiado negra para ser mulher. É uma força de mulher.


Fui leva-la a casa do nosso estimado México, para quem sabe e conhece o senhor, posso descreve-lo como um homem que já foi forte fisicamente, corajoso e bastante disponível para outras tantas batalhas que a vida impõe. – eu beijava bem, disse ele nas primeiras palavras. Esta na cama, esta doente e esta vivo e animar as outras pessoas, ao ver a Rossana, pede a deus para morrer, para leva-lo porque ele chegou à sua casa. A Rosana.


Finalmente cumpriu-se o sonho de ver a mulher inteligente, aquela que lhe é a sua jornalista mais amada, o que deveria ser para ele a sua inteligenta, o fenómeno de regular o amor como se o amor tem peso e não profundidade. Nas noites de telejornal, pede ao silencio dos rapazes prontos e outros quase fusku, calem-se que vai falar a rossssanaaa, um homem de exageros felizes, um homem que faz exageros a forma de os outros serem felizes, não deveria quebrar numa cama daquela forma, a vida é vivível para outros nessas condições, basta que o olho contemple, e a nossa observação seja sentida e não medida em avaliações, a morte é um exagero frio.


A frente dele esta a Rosana, o homem se desfaz em choros, lamentos pela sua condição frágil, a mulher esta espantada, agarrada a emoção e quase que as lagrimas lhe cai dos olhos, mas aguenta e rasga um sorriso. Ponho-me a lembrar de madame Bovary e da Rossana a frente do homem e lembro as palavras da senhora francesa quando diz que a morte é pouca coisa é só dormir e tudo estará acabado, é necessário recuperar aquele homem, as suas ideias, chatices e gaiatices.


Foto de Claudio Cetais

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