Halloween party ideas 2015

Publicidade

A Igreja em Cabo Verde, uma das grandes instituições do país, tem adotado nos últimos tempos uma atitude destrutiva naquilo que se refere ao património cultural, e de limpeza de memórias. Esse posicionamento, verificado por exemplo, na igreja de Nossa Senhora da Luz, ilha de S. Vicente, igreja de Nossa Senhora do Livramento (Ponta do Sol - ilha de S. Antão), e nesse exato momento na igreja de Santo Amarro (Tarrafal - ilha de Santiago), é consequência direta de ausência de sensibilidade cultural e de uma ambição desmedida relacionada com o aumento dos fiéis.



O nosso património (cabo-verdiano), rico a escala das ilhas, infelizmente não tem conseguido se posicionar perante os desafios da modernidade devido a falta de políticas culturais, que passam necessariamente pelas escolas (pré-ensino, básico e secundário), pois, na universidade já pode ser tarde demais. Isto porque a aquisição (não obstante os ganhos técnicos e científicos) dos sentimentos de pertença, de memória(s) de espaços e de apropriação na idade adulta são de longe menos forte.
Penso que depois de resultados saídos das escolas – um processo longo, mas que tem de ser persistente - é que a sociedade, incluindo os fiéis, vai começar a pressionar a Igreja no sentido de esta reaver as suas ações patrimoniais. Por outro lado, cabe ao Estado, através da tutela – Ministério da Cultura – criar mecanismos de atenuação do “poder da Igreja”, com enfoque, numa primeira etapa, na identificação e inventariação do património cultural e depois na sua classificação, adotando sobre esse património uma legislação protetora.
Para que isso aconteça de forma mais célere é essencial “descentralizar a cultura” e aproveitar os técnicos, no sentido de realizarem essa importante tarefa, existentes em cada aldeia, em cada cidade, em cada ilha.
artigo de jovemtudo

Postar um comentário

Postar um comentário

    Tecnologia do Blogger.