Halloween party ideas 2015

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Vem lá os rapazes, neste caso, os de arredores da cidade, alguns depois do pouso do remo e do tal facão. É correria, sim. Comenta o varredor das ruas da cidade, senhor Litxi. Num ataque de pé contra a terra, depois contra os primeiros basaltos colocados no centro da cidade, é avenida, feito em calçada, é nosso, disse o senhor Pantaleão, um homem alto e de causas municipais, nome curioso, brincou o Litxi, que ao lado do amigo, atravessou com coragem toda a rua do senhor Papacho, e a própria rua que dá acesso à casa cinema, mas o cheiro de pães era mesmo uma tentação que só é superada só por feitio de Leão, um homem com leão no nome. Provavelmente e muitas vezes já se sentiu pantaleão e depois se transforma em estado natural, a sua forma natural é ser pantaleão. Pães de Papacho tinha esse efeito, de alterar as pessoas no nome.

Quando um homem frouxo come, chama-se “homo”, bom mesmo é ver os grandes senhores que se resumem nas filas à procura do trigo com fermento feito na mão do homem de Cristo.
Sem perseguição para a continuidade do costume antigo, melhor “ancieni” palavras sempre repetidas pelo imigrante francês enviado de volta depois de quinze anos na França, nunca enviou nada a terra. Tarrafal é longe, imagina eu saí de lá para praia, e de praia para Portugal e de Portugal para França, quem vai lembrar do norte da ilha de Santiago a partir do norte de França, só se for aqueles que ainda vão de encontro com o pão de Papacho, a única coisa que presta no período depois da tarde, dizia o imigrante nos botequins de arredores de Marselha.

Tudo o que ganhou está presente na sua boca, em tempos, juntava belas palavras, iluminadas quase que trazidas das cidades das luzes, teve filhos e filhas, mas, também ouvia das boas que era um filho da palavra feia, a sua boca está cheia de dentes de ouro, tem duas em falta devido a um ataque sofrido na cidade da praia devido a um intenso jogo de batota. Pagou com dois dentes e uns tabefes por ser de Tarrafal, e ali quem é de fora é tratado com foro, bom gozo o dito de gostoso, mesmo que seja bem feio, é gostoso e ponto final.
As Sete da noite, abria a porta de casa cinema, todo o mundo no momento acalmou, e outros tantos que chagavam a pingar suores e a exalação de sovaco e uns tantos rapazes de mangue que cheirava a milho iladu no bolso do jaquetão do pai velho, se destacavam a alguma distância e sempre em grupo, os de arredores da cidade em outro grupo e mais perto da porta de entrada está os pescadores que se entende pelos pés sem sapatos e calças de boca larga, cabeleiras grandes e outras tantas palavras agradavelmente desajeitadas que saem de forma normal da boca tomado pelo vento. O senhor de ‘perestroika’ abre a porta, primeiro chama o Mário Tucha para assegurar a porta até a sua volta e recomendou-lhe.

- Meu filho, não deixe ninguém entrar aqui sem pagar, mesmo que fosse a tua mãe.
O menino Mário ouviu, concordou com a cabeça e tomou a conta da porta, cobrou todos os bilhetes, com a faca 180 e um pequeno Nabadja barba pregada a calça, os rapazes entraram de forma calma e ordeira, inclusive Buluria, homem de cabeçada e o domingo cabalo barulhento, assistiram filme, dormiram, por meia ora e depois se ouviu um tiro, todos acordaram a comentar “é agora que vai ser bom mesmo”, outros já estavam meio esfomeado, mas, o filme é de romance e o ator principal era um mundo deficiente e boca vedada.

Os rapazes foram enganados pelo cartaz, o próprio Buluria por acreditar que foi roubado carregou sete bancos de uma só vez para arremessar no ar, no entanto, alguém reparou no meio de escuro algo estranho e acendeu a luz, ele ficou no meio dos homens com o grande banco e envergonhado e justificou-se.

— Já carreguei e vou derrubar. E a partir dali até a rua o senhor de ‘perestroika’ ouviu o barulho, ele que acabara de chegar da casa de uma senhora que ele apanhou na rua a "dar café" e viciou naquilo e na sua cama. Então correu para a porta para forçar a entrada, o Mário barrou o homem.

— Mas Mário sou eu?
— Eu sei. Respondeu o Mário.
— Então deixa-me entrar?
— Não vou deixar entrar nem a minha mãe, muito menos o senhor, julgas que és mais importante que a minha mãe?

O homem ficou a pensar sobre a tarefa dada a um pescador. — Ele leva isso muito a séria pá. Então, vinte minutos depois acabou o filme, com os rapazes a resmungarem sobre o filme de merda sem nenhum carate, nenhum homem fumou um, bula bom, nada dos Raston Bedju.

Para acabar a noite, foram dar a casa de Nhu Papacho para o tal pão de modo a terminar a noite. Foi bom nê Senhor Pantaleão. Ele vê com a ponta dos olhos e acorda num outro mundo, ao pé da igreja onde os primeiros fiéis acabaram de rezar em nome da sua alma.


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