Halloween party ideas 2015

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O rapaz ardigadu e vestido de preto tem poder. Antigamente ele mais observava o mundo quando penicava o mau gosto dos homens, hoje ele já percebeu que o seu olhar penica as moças, é o seu poder, ser o rapaz bonzudo. Na mesa, levanta a cara em direção a outra mesa. Colegas brindavam com café, dia antes, a bebedeira da caminhada no outro lado da ilha, levaram filhas e deixam as mães em casa. Não foi muito benéfica com a cabeça e estômago a gataria de sexta. O rapaz vira a cara para a menina a frente. Percebe-se que a menina, quer, ela morde os lábios e engole a cerveja, abre um pouco mais os olhos até a boca do moço. Na outra mesa a amiga autoriza a empregada de mesa para servir mais dois cerejas, provavelmente já assistira o clima quente ainda na caminhada, faz-se calor nas caminhadas, a rapariga nova de um metro e sessenta, sentado no café da Shell, calça apertada, lábio demasiado cru para o estado sentado à frente do moço novo, que treme por dentro e deseja tudo de uma só vez e os que estão a volta percebem que se ninguém estivesse ali, o talho seria coisa para além da terra do nunca, na boca da miúda existe carne morta, o fogo bom da mais bela arquitetura pura. Ela é linda meu caro, confidenciava os reformados que cheiravam a dor da idade. Seres que matam por amor em algum dormitório noturno a cheiro de grogue fedi e uma recordação doce preso na memória, porque a menina perdeu a castidade, apesar de ser assim, tão bela, já passou da idade de ser virgem, mas, era, nenhum objeto mal comportado passou-lhe por baixo, esses que são por vezes mal humorado. Suores e o mar aí perto para lavarem o teto cheio de malvadeza para o ritmo do corpo que precisa e sente que um único gesto de carinho contra eles mesmo seria a queda de um beijo um do outro. É desejo, meu amigo. Disse a menina da cerveja.

-Eu invejo esses meninos que exalam querer, bom mesmo é saber que depois de tudo querem se ver. A moça é bela, merece ser levada a terra do nunca, nunca se pode deixar de amarar uma moça como aquela. Nunca.

Saímos da nossa mesa e fomos sentar mais perto. Ouvimos o rapaz antiletárgico a apalpar-lhe pelas palavras, a menina de cerveja observa e lê os lábios do rapaz e eu traduzo-lhe em gestos o que rapazes diz à maça cru e de cerveja na boca.

Ela está ansiosa para perceber e, eu estou ansioso para dizê-la o que sempre queria dizer e ouvi o rapaz a dizer a menina. De repente, a palavra foi certeira, a menina crua de cerveja agarrou o rapaz e beijou com tanta força, pudor e desejo como se o sol nunca enfrentasse as nuvens porque o motivo e razão é a procura de algo flácido e fundo, e a noite despedisse dos homens pela manha, a própria manha escondesse numa garrafa de cerveja e nós, os mortais, seremos vítima e simples invejosos da situação do casal cru da Shell.

A menina a minha frente ansiosa fez-me o sinal, atira-me com a mão para dizer o que ele disse a miúda. E preparei as palavras como uma arma com flor na boca igual aos rapazes de abril antigo na praça da república, la nas terras tugas, respirei e finalmente. O casal que acabou de beijar, foi-se embora. Então decide falar com a menina a frente.

— Disse.

...

 

Por: Mário Loff

 

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