Segundo José Ferreira, as “pequenas traquinices” começaram muito cedo, criança ainda, quando frequentava a escola primária. “A minha mãe m
andava-me à escola, mas quando ela não me dava dinheiro, eu não ia, ou fingia que ia, mas preferia ir brincar ou fazer ‘biscates’ na praia de mar”, conta.
Com isso, não passou da segunda classe. E fora da escola, “2 Pac” tornou-se, para muitos tarrafalenses, “o maior ladrão” do concelho. “Roubei, fiz assaltos à mão armada, agredi várias pessoas, fui suspeito de assassinato, mas nunca matei ninguém, e já fui acusado de ter violado uma pessoa, mas prefiro não falar do assunto”, recorda.
A PRISÃO
Foram estes e outros crimes, apontados pelo próprio “2 Pac”, que o fizeram ir parar à Cadeia de São Martinho, onde permaneceu nove anos. “Vivia fugindo da polícia, passei várias vezes pela esquadra do Tarrafal. De todos os crimes que já havia cometido, o engraçado é que acabei por ficar preso, em São Martinho, por ter roubado duas garrafas de Whisky”, diz.
Ainda assim, “2 Pac” revelou ao A NAÇÃO que quando ouviu a sentença não ficou triste, pois, conforme reconhece, “já estava na hora de pagar pelos meus erros”.
Os anos de prisão, como é sabido, não são fáceis para ninguém. “Fui muitas vezes espancado, por guardas prisionais, tive problemas alimentares e até hoje não consigo comer carne, e não consigo fazer muito esforço. Tive saudades de casa, dos meus amigos e familiares, isso tudo foi difícil ultrapassar”.
INCLUSÃO
No entanto, foi também na prisão que “2 Pac” começou a ver com outros olhos a arte. “Antes fazia desenhos, cantava, mas era mais uma brincadeira. Na cadeia recebi uma formação na arte em cabedal e hoje não consigo me ver a fazer outra coisa que não seja trabalhar nesta área”, afirma.
Em Maio deste ano, José Ferreira deixou a cadeia e regressou para onde tudo começou, Chão Bom. Só que agora, quer viver uma vida nova, longe do crime, quer sobretudo levar mensagens positivas e mostrar aos jovens que o crime não compensa. “Nas minhas músicas falo da minha história, da viva dos presidiários, falo das desvantagens do crime, a fim de evitar, se puder, que outras pessoas cometem o mesmo erro”.
HOMENAGEADO NO FACEBOOK
“2 Pac” faz ainda quadros, com desenhos de paisagens, rosas, ilustrações para o Dia dos Namorados, sandálias e outros produtos com cabedal. O seu trabalho é hoje reconhecido no Tarrafal, a ponto de ter sido recentemente homenageado na rede social Facebook pelo grupo “Tarrafal Vinte Um”, no espaço “Promove nós Talentu”.
A par disso,“2 Pac” quer contar com o apoio da Câmara Municipal local e outras instituições para expandir ou, quem sabe, viver do seu trabalho. “Desde que saí da cadeia passo o dia em frente da Câmara para ver se alguém me ajuda, mas até agora não tive nenhum “feedback”, mas espero, sinceramente, que esta equipa camarária venha dar, a mim e a outros jovens desempregados, uma oportunidade de ser alguém na vida”.
Com este apelo, “2 Pac” quer mostrar a sua “grande vontade” em mudar o rumo da sua história.
Com isso, não passou da segunda classe. E fora da escola, “2 Pac” tornou-se, para muitos tarrafalenses, “o maior ladrão” do concelho. “Roubei, fiz assaltos à mão armada, agredi várias pessoas, fui suspeito de assassinato, mas nunca matei ninguém, e já fui acusado de ter violado uma pessoa, mas prefiro não falar do assunto”, recorda.
A PRISÃO
Foram estes e outros crimes, apontados pelo próprio “2 Pac”, que o fizeram ir parar à Cadeia de São Martinho, onde permaneceu nove anos. “Vivia fugindo da polícia, passei várias vezes pela esquadra do Tarrafal. De todos os crimes que já havia cometido, o engraçado é que acabei por ficar preso, em São Martinho, por ter roubado duas garrafas de Whisky”, diz.
Ainda assim, “2 Pac” revelou ao A NAÇÃO que quando ouviu a sentença não ficou triste, pois, conforme reconhece, “já estava na hora de pagar pelos meus erros”.
Os anos de prisão, como é sabido, não são fáceis para ninguém. “Fui muitas vezes espancado, por guardas prisionais, tive problemas alimentares e até hoje não consigo comer carne, e não consigo fazer muito esforço. Tive saudades de casa, dos meus amigos e familiares, isso tudo foi difícil ultrapassar”.
INCLUSÃO
No entanto, foi também na prisão que “2 Pac” começou a ver com outros olhos a arte. “Antes fazia desenhos, cantava, mas era mais uma brincadeira. Na cadeia recebi uma formação na arte em cabedal e hoje não consigo me ver a fazer outra coisa que não seja trabalhar nesta área”, afirma.
Em Maio deste ano, José Ferreira deixou a cadeia e regressou para onde tudo começou, Chão Bom. Só que agora, quer viver uma vida nova, longe do crime, quer sobretudo levar mensagens positivas e mostrar aos jovens que o crime não compensa. “Nas minhas músicas falo da minha história, da viva dos presidiários, falo das desvantagens do crime, a fim de evitar, se puder, que outras pessoas cometem o mesmo erro”.
HOMENAGEADO NO FACEBOOK
“2 Pac” faz ainda quadros, com desenhos de paisagens, rosas, ilustrações para o Dia dos Namorados, sandálias e outros produtos com cabedal. O seu trabalho é hoje reconhecido no Tarrafal, a ponto de ter sido recentemente homenageado na rede social Facebook pelo grupo “Tarrafal Vinte Um”, no espaço “Promove nós Talentu”.
A par disso,“2 Pac” quer contar com o apoio da Câmara Municipal local e outras instituições para expandir ou, quem sabe, viver do seu trabalho. “Desde que saí da cadeia passo o dia em frente da Câmara para ver se alguém me ajuda, mas até agora não tive nenhum “feedback”, mas espero, sinceramente, que esta equipa camarária venha dar, a mim e a outros jovens desempregados, uma oportunidade de ser alguém na vida”.
Com este apelo, “2 Pac” quer mostrar a sua “grande vontade” em mudar o rumo da sua história.
in " Jornal A Naçao"
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