A história de Tarrafal é algo doloroso e triste, mas, nos últimos anos tem conhecido momentos de facto dolósos e penósos.
Os últimos contratos de compra e venda e concessão, como sabido, lezam os interesses do município, na medida em que os valores de venda se situam muito abaixo de valor do mercado imobiliário - enquanto um terreno em Palmarejo Grande é vendido por mais de 30 contos, a Pausada do Tarrafal foi por menos de 9 contos por metro quadrado, feitas as contas apartir da área real disponibilizada. enquanto para a concessão, o espaço de cinema, na zona nobre, está fixada em 40 contos por um periodo de 80 anos- Tudo isto pago em prestações, deixando o municipio descapitalizado, não podendo assim desenvolver seus projectos de políticas publicas. Neste particular, o Governo poderá até dar o impulso inicial, contudo, o municipio terá de aprender a rentabilizar as transações internas, como forma de gerar riquezas e equilibrar sua balança de pagamento interno, evitando assim sobrecarregar o tesouro público nacional. Ou seja, não podemos, eternamente, depender do Governo Central para realizar o orçamento e o plano municipal. Não é sustentável.
Desde o ponto de vista da Medicina, seria uma espécie de hemorragia a estancar!
Mas, o que não sabíamos é que esta gestão municipal foi tão longe na desvalorização do nosso património a ponto de vender o espaço que ficou com o municipio da relação com Baía Verde, por míseros 3 contos o metro quadrado, vendido a estrangeiros, o que acaba por ser ainda mais incompreensivel.
Estamos a entregar Tarrafal de "mão beijada" e não ficará nada para os nossos filhos, a não ser a possibilidade de venderem sua mão de obra ao desbarato. E esperemos que possam conservar sua honra. Estamos a ficar muito mais pobres.
Podíamos fazer diferente e bem diferente!
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