Romero depois de celebrar a missa pós-se a ver a linda
Julieta no meio da multidão.
Em cinco minutos. Virou à esquerda por uns minutos, viu
dezenas de cabeça e a imagem de santa Catarina na parede. Virou a cara à
direita por dois minutos viu outras tantas dezenas de cabeça e a imagem da
santa Rita. Não se desanimou. Levantou a cara um pouco mais em direção ao céu e
por três minutos viu o santo Amaro, velho, barbudo e parecendo com um ar de
quem quer estar num baile, a própria perna de barro tremia.
Por últimos dois minutos restantes alguém bateu-lhe na sua
costa.
— o que estás a procurar? Alguma santa?
— não, não. Só a linda. Linda Julieta, é linda. Disse o
padre. E a linda Julieta ficou parada, séria, firmemente educada e amargamente
sofisticada. Olhos de Pavón ao abrir os antigos sóis, uma mistura de carne
morta nos lábios e cabelos selvagens como se o mundo puro nascesse na sua
cabeça. É mulata e todos os oscars serão pouco premio pata quem inventou o seu
corpo.
— toma está rosa que lhe reservei. Esticou a mão serenamente
o padre. Linda Julieta levantou a cara, em voz baixa disse.
— padre Romero. Eu não gosto de cravo, já foram usadas
demais, já serviram demais casamentos, já assistiu despedidas, já se repetiu
demais. Odeio coisas de espinhas e finas que se repetem e tornam banais, sou
espinho, sou a própria rosa e tenho espinho. Evita essa concorrência de duas
flores.
O padre abaixou a mão, abaixou a cara, fechou os olhos, deus
dois passos para trás e voltou a se instalar na cruz a onde tinha saído.
A Linda Julieta se arrependeu ao assistir aquele ato da
volta de Jesus Cristo à cruz por sua causa. Ao abandonar a igreja e entrar na
praça da cidade de mangue em pleno outono ela transformou-se em todas as flores
da praça e cada vez que ocupo o meu acento à tarde ela cai a minha volta e o
próprio Cristo na cruz tem se apaixonado por aquelas flores de nome linda
Julieta.
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