Halloween party ideas 2015

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Quando somos novos, sentimos o mundo a andar nas nossas mãos. Por ter quase tudo em dia seremos capazes de fazer grandes revoluções em pensamentos e palavras, às vezes, pensamos que o nosso próprio folgo gira, entra e sai de nós mais rápido que o movimento do mundo, aparentemente. Estar novo é sentir-se convencido de que alguém envelhece, mas só os outros, nós não, especulamos que a nossa geração é melhor que a outra que passou e a que vem vai aprender com as nossas ações, as vezes não são enganos de que tudo o que há no universo gira a volta de nós e mal damos conta que tudo não passa de um tempo muito bem programado para dececionarmos lá a frente da vida e, quando abrimos a nossa trouxa que está cheio de tempo que jamais recuperaremos, com vestuários que vestimos ao contrário por ter tomado uma boa ou má decisão e, ao olharmos a nossa pele e ela as vezes está ao contrário, por vezes ao olharmos no espelho a nossa própria cara e pele aprende a nos olhar de frente.
A trouxa cheia de roupa é só multiplicação de muitas coisas chamada vida e lida carregada de um passado muito bem estragada com boas e más coisas e um certo cheiro de um corpo que era novo e a ignorância pura de magia que pouco servia para salvar as nossas próprias revoluções e revoltas.
O sorriso do tempo da mocidade é sinal de que a maturidade é isso. Acertar os nossos erros como se eles fossem um verbo cheio de poder com mãos e pés que mudam se metamorfoseando, o futuro e o presente se entrelaçam e, tudo se conjuga.
No fundo, a maturidade viaja gradualmente no nosso corpo até chegar na cabeça e, ela é no fundo,  é como uma estrela que com o tempo só ilumina e deixa de resplandecer, por nossa conta, por termos deixado raios bem iluminados passar para a outra pessoa, temos de ter a obrigação de iluminar o caminhos dos outros, serve para tornear a vida com sabedoria, por isso, quando estamos novos queremos logo brilhar e quando envelhecemos só queremos iluminar as coisas e as pessoas, aí seremos homens com olhos abertos, adivinhadores das ações dos mais novos, seremos uns bons homens e manhentos1 com grandes conhecimentos guardados em silêncio, o próprio silêncio deixara de ser um segredo, cansamos de falar e de estar a repetir as coisas porque a vida nos castiga por  repetir os erros ao aprendemos as coisas fora do seu tempo, as vezes as guardamos em silêncio. A juventude boa é aquele que envelhece antes do tempo. 
Bons pais falam em silêncio, o olhar do homem velho as vezes só indica o caminho certo do futuro, sendo assim, educam com iluminação e, os filhos brilham na vida. Nada é absolutamente certo na vida, há quem esta pronto para cortar este ciclo, por isso, o mundo é um lugar onde se estraga com boas e más ações e, sempre há de existirem homens que se evoluem diante das dificuldades.
Se pensamos coisas grandes, ficamos imensos, nem se for só no sonho ou a ideia que o valha na cabeça, seremos estrelas e planetas que poucos sabemos se somos, demoramos em descobri-lo. Somos grandes a continuar, a iluminar e seremos algum propósito, inspiradora de alguém que talvez nunca conhecemos. É importante continuar a caminhar.
O homem no seu ciclo de vida não deixa de ser um eclipse lunar que começou enquanto somos novos, termos brilhos intensos na nossa juventude, tempo de invenção de todas as nossas teorias e dúvidas que nos põem a prazo com certas certezas assustadas e outras bem fundamentadas, nessa idade pode-se errar e criar coisas, é só ver o Albert Einstein e a sua teoria da relatividade e os grandes escritores que escreveram as suas grandes obras ainda jovens, desafiaram colher a parte certa, necessária e fundamental da vida para a humanidade errando muito e acertando poucas vezes, aquelas vezes acertos que até hoje faz a diferença.
A maturidade parece aquelas estrelas que ficam atrás dos planetas mirando de vez em vez e não deixa de nos apresentar a ideia que são algo escuros que se tinha guardado um brilho na juventude e apagou quando a idade já é só numero que assusta gradualmente.
É preciso ter aquilo que segura um homem perante a terra, aquilo que é maior que a gravidade, que desafia a resistência e, torna um homem desapegado de certas coisas materiais e terrenas. A fé. Depois a morte. Morte acaba com a verdadeira fé de um homem que a professa, fica a memoria. Por isso, são fortes, um com poder e, outro com a eternidade e esquecimento de alguns homens. É preciso ser verdadeiramente necessário. 

II
A temperatura estava agradável e tempo húmido e a neve já começava a beijar a grande montanha. O estilo da rocha parecia que fugia de outra coisa. A sua forma meia coisa necessária para a natureza e meio animal estático quase paleozoico, uma parte fica mais adentro da própria rocha como uma barriga que empurra a fome para fora e mais a frente ela galga agua como se fosse choro de alguém com sintomas de arrependimento, talvez por tapar as gentes do vale a visão de outro lado em direção à cidade grande.
É uma montanha com rabo negro da madrugada e boca com sorriso do meio da tarde à procura de comida. Deitada num estilo igual a um dinossauro que por não ter chegado a tempo de se alimentar simplesmente morreu a abençoar a vale com as plantas, frutas, peixes que nascem na lagoa Gémea e as aguas vão se perdendo até o mar mais próximo. A noite parece um promontório encomendado para proteger as pessoas do vale de Lagoa Gémea como se algum dia alguma profecia iria concretizar, vinha os cheiros e os barulhos de cimboa e batuque a noite e naquele momento Caracunda estava a retirar as últimas notas e escrevia sobre as flores no imenso milheiral, parou, Pós as mãos na cara e olhou para o céu. Ele que escreve poemas nas horas do seu descanso e em momentos de inspiração saca da sua caneta e anota a ideia que ele pesca ou consegue descortinar nas situações que vive, trabalhador de campo e no tempo de azagua também se intitula camponês de campo e palavras. 
Todos no vale acreditam que por detrás da montanha havia alguma magia de transpiração e que suaria toda a vida nas coisas, os alimentos e os seres vivos. Caio uma gota de chuva. Ele permaneceu a olhar. Caiu algumas outras gotas de chuva ele andou em direção ao topo da montanha e pôs a mão na testa e olhou para o céu como se estivesse a desafiar o mandante de mais uma chuva intensa.
Em duas horas de chuva ele limpou com a mãos a testa e abaixou a cabeça para a extensão do vale e só havia lamas e cheias que correm em direção ao mar e a chuva que parava e, a outra que começou a cair do seu olho, como se mudassem de forma em que o céu fosse o branco límpido dos olhos dele, os olhos pariam as chuvas, em choro e mágoa na cara do homem que desmancha por dentro, alguma esperança deu lugar ao desespero e desistência de estar a insistir naquele trabalho anos após anos. Ajoelhou, observou a extensão da montanha lamentou para o céu, desta vez para o responsável que provocou mais uma chuva intensa e tudo se perdeu. E disse.
— Ainda pensam que estou nesta vida para me dar bem? Ouve bem, o senhor colocou-me aqui para sofrer, mas estas enganado. Parece que tem prazer em castigar as pessoas que acreditam em te, que te amam. Não esqueça que o senhor é um homem que “tá graba”1 com muita facilidade. Terminou de falar para o céu, cansado de tanto trabalhar e de estar molhado nas chuvas apanhou a sua enxada, um machim e a sua marmita ainda amarada ensopada de agua e pôs-se a caminho de casa.


Naquela sexta-feira de manhã o marido chegou em casa muito chateado com ânsia de desespero, depois de mais uma ida ao “moron”11 e não conseguir salvar nada. A casa ainda estava um pouco fria e a agua corria nos buracos das pedras aguentadas pela argamassa seca já negras de limo, tossia de forma crescente o pessoal dentro de casa que pela insistência, parecia que incitavam o aparecimento da gripe, depois da chuva e a contínua humidade do dia. A esposa silenciosa, as vezes interrompia o silêncio com tosse, como sempre a preservar o seu eterno habito de apoiar o marido nas suas decisões, levantou do seu assento e retirou uma carta que tinha chegado da cidade e entregou ao marido, no canto da casa a esquerda.
A Aninha com cabelos em pé a ser esticada com pente pela irmã mais velha. Fatuca que em espaço de instantes de tempo inspirava para dentro o ranho que lhe saia pelo nariz. Com os seus treze anos não dava tanta atenção àquela situação, mas, o Caracunda mostrava a sua insatisfação rasgando-lhe olhares terríveis enquanto ela esticava o cabelo da irmã que está a brincar com o boneco de trapo feito pela esposa.
Caracunda esta cada vez mais impaciente e com a carta em mãos a tentar abrir, entre o incomodo entretenimento do silêncio da casa com aquele projeto de inspiração e preservação do ranho da menina, aumentava a cada vez mais a sua insatisfação de ter de suportar perda de tudo no campo e a obrigação de sustentar a casa, subia-lhe algumas coisas na mente e um certo olhar cada vez mais feroz que apregoara na menina que aos treze anos pelo menos já devia ter deixado de praticar aquilo, Caracunda, leu a carta e deu um folgo de acalmia e disse sem olhar para ninguém na sala.
— Nem um pano velho ela sabe usar para limpar esse incomodo no nariz? Resmungou o Caracunda num folgo calmo e pousando as palavras e, desta vez sem ignorar a sala, olhando para a Fatuca que continua a cuidar do cabelo da sua irmã, a esposa de mansinho respondeu sem perceber bem o que o marido tinha dito.
— Caracunda, tudo o que decidir de melhor, que é bom para nós, apoiaremos. Ela afirmou tais palavras, sabendo da situação que a família se encontrava, considerando que era a terceira vez que a carta vinha da cidade e Caracunda negava constantemente responder à solicitação. De certa forma Caracunda tinha essa força. Ter a família do seu lado para aceitar as suas decisões em qualquer momento e situação que fosse mesmo abandonando as lides de campo que era o ganha pão e sustento da família.
— então esta certo, estou a pensar em largar o trabalho de campo e aceitar a oferta que me fizeram de trabalhar no serviço publico, na Câmara Municipal da cidade, aqui esta a confirmação na carta, já estou cansado de semear e as chuvas não caem em constante consistência durante os messes de azagua, e quando cai vem com brutalidade e de pouco que botamos na terra e que germina se perde com as intensas chuvas de outubro, quando caem, é em excesso e tudo se perde pela ladeira a baixo e fica só a canseira para mais um ano nos prepararmos para a mesmo coisa, se continuarmos nisso será somente a repetição de canseira, não é certo que todos os anos seja sempre a repetição de desgraça, há de dar muita Kumida nos anos que vem, só que estou cansado com esta situação, deus anda a provocar-me. E as minhas poesias têm-me salvado, o meu coração tem sido o meu repositório de provação de deus.
— Oh, homem não se quebra tanto nisso, ainda temos alguns bidões de milho, feijões e com muitas graças a deus adentro que nos têm protegido a casa, o corpo e crescimento das meninas e, nossas filhas ainda estão a crescer e não podem ver o pai a pescar o desespero desta forma.
— Amém, isso la é verdade esposa, mas, eu também pesco as palavras, mas, deus nos tem derramado graças e fartança. Mas, o que me esta a irritar agora é, a capacidade que esta menina tem de me por a paciência em brasa, diante do seu nariz, com esse ranho que ela insiste em meter para dentro como se fosse alguma coisa sagrada de deus e, proibido de deitar fora ou ser limpo por um pedaço de trapo velho, Caracunda respondeu a lamentar sobre a situação da filha que levantou a mão para limpar e a mãe fez-lhe sinal de que não, lhe entregando um pedaço de pano para limpar a bendita e ranhosa nariz. Depois pôs a cara no chão a sorrir de fininho sem o pai dar por aquela situação.
— Mas, marido, o que é que vamos fazer com todo aquele terreno? Se for embora não teremos muitas coisas para nos apegar. A não ser na sua falta que o campo e os outros vizinhos vão sentir, vocês dois até se assemelham no cheiro devido a tanto tempo juntos e já se usaram mutuamente, além do mais as pessoas sempre estarão ansiosas para as épocas de “djunta mó, kolola” você e o nosso lugar parecem irmãos, concluiu a esposa.
— Esposa, o terreno ainda é nosso e vou fazer o possível para passar para o nosso nome e que fique registado, pelo menos vai nos permitir o pasto para os animais e você e as meninas vão continuar a produzir o mínimo para o consumo caseiro enquanto estou na cidade grande a trabalhar, se deus assim permitir. Agora sobre a “kolola e djunta mó” não esqueça que agora sou funcionário publico, posso pagar e nem necessitaremos de “djunta mó”.
— Olhando desta forma, penso que serve sim marido, amém.
— Quando fores à cidade, vais ocupar a casa que pertencia o seu avô nas imediações de monte graciosa?
— Mais é claro, mulher, a onde poderia ser? É claro que é lá que vou-me aconchegar durante o período de trabalho. Nas férias vou regressar, e faço o possível para enviar os presentes para as meninas e as novidades de cidade grande para esses vizinhos ciumentos crescerem os olhos e as ganas de ser como nós, nos finais de cada mês vou enviar dinheiro também, peixe, pães e bolos, coisas que por aqui é muito parco, vamos tornar pessoas importantes importando coisas de “chikisimentu”1.
— Isso seria mesmo bom para ciúmes dos vizinhos sim marido. Sorriu as meninas e a própria esposa se sentiu feliz por ouvir aquelas coisas saídos em palavras da boca do marido.
— Então faça as minhas malas que de madrugada vou agarrar na fé e na estrada em direção a cidade grande nas primeira horas de madrugada.
— porque não deixa amanhecer e esperar camaradinha do senhor Alves de Ponga, e em vez de íris a pé vais bem cedo na rodoviária e apanhas o lugar da frente? Assim, podes ir como gente importante e vamos-lhe acenar até o carro perder de vista, observar o carro a perder de vista com os nossos queridos que partem é uma forte prova de amor, quando fazemos isso, parecemos àquelas famílias de cinema que tínhamos assistido na casa do senhor Firmino. Quando acenamos na despedida de alguém, começa duas coisas. A saudade e os sonhos.
— sim marido, mas, agora não vai precisar comprar bilhete para ver a televisão na casa das pessoas e ainda ficar a pedir aqueles sujeitos para virarem a cabeça porque estão a tapar a visão, não vamos ficar a tapar o nariz quando libertam aqueles gazes gasto-intestinais ou desviar o nariz do rapaz que temo interior das sapatilhas incomodativos e com cheiros incómodos tipos chulé no meio de calor e cheiro forte dos homens bêbados que analisam cada momento de jogo, ou telenovela, não vai precisar de juntar setenta escudos para pagar a nossa entrada só para assistirmos a bendita TV. As vezes permaneço em silêncio, quase não vejo a telenovela que está a passar. Viu como é que o Demóstenes trata o delegado baromeu? Perguntou a esposa sobre a telenovela das nove que passava na TV nacional.
— Já vi que não percebeste bem. Ele diz delegado, mas depois reforça a posição do homem dizendo, subdelegado Baromeu, esposa, gosto mais do Major Bendes com aquelas fardas desnutridas de cor e, aquele peito em popa e ar de autoridade que tem mais voz do que a própria ação, ele diz, — com major Bendes não se brinca. As meninas ficam a sorrir da forma como o pai deles interpreta a personagem do ator Lima Duarte em voz rouca e em tom alto.
— É verdade, é verdade marido, agora com o serviço público nós não vamos precisar de ir à casa do Senhor Basílio pagar para ver jogo, telejornal e a telenovela, daqui a pouco tempo vai nos enviar a nossa própria TV e depois o motor para fazê-lo funcionar, quem sabe até podemos cobrar às pessoas para assistirem à TV.
— Não tinha reparado que uma coisa traz a outra, bom de qualquer forma o serviço mexe connosco, mesmo sendo serviço público faz isso, nos obrigar a gastar antes mesmo de tê-lo garantido, nos obriga a sonhar com propósito de fazer o estado funcionar e com desproposito de fazer a nossa casa, barriga e as redondezas das nossas vidas parecer um lugar carente de coisas básicas. Mas vamos continuar a ser grandes seres humanos. Para quê fazer o que Senhor Basílio faz? O povo daqui é como nós, primeiro, ouvíamos os anciões a contarem estórias dos pretos que fugiram para o interior da ilha, dos pretos que chegaram trazidos pelos homens brancos, dos mestiços como nós que evoluiu no interior dessa ilha, crescemos a ouvir essas histórias, crescemos a olhar um pelo outro com a convicção de que nós os pretos e mestiços precisamos estar mais unidos, essencialmente, pela nossa história e o legado que representa e que nos faz saber quem somos nós. No entanto, chegou a TV e começou a magia de olharmos as outras coisas e outros mundos, aí ficamos a assistir e a ouvir outras histórias e outros vícios, então ficamos, em vez de ficamos calados, tornamos nuns grandes homens, mistos de coisas ruins, porque se tornar grande as vezes é necessário ser bastante ruim. Seremos por momentos indivíduos que se recriam nos outros homens. Homens mudo e cheios de vícios, continuamos escravos sem corrente e sem grilhões, tornamos uns escravos chiques, neste caso pagamos para sê-lo, é outro grau de escravatura, se o Senhor Basílio achou necessário pagar para assistir TV, deveria ser forjado com alguns vícios bons dos nossos anciãos que educava sem pagar, a TV tem calado alguns ensinamentos dos nossos anciões e temos sido uns deslumbrados, que esqueceu de nos interrogar a nós mesmos sobre coisas que vem e, coisas que perdemos sem saber. Daqui a pouco a TV estará tão vulgar que em cada parte da casa estará um tipo de televisão e um tipo de imagem e seu assunto, nós mesmos estaremos a fazer a nossa televisão e seremos só isso. Sucatas que esquece rapidamente a cara dos outros mesmo assistindo a nós mesmos em tempo real com TV em nossos corpos que vagueiam.
— É a circunstância de entregarmos ao estado das coisas marido, quando prega em nós, esquecemos de viver como antes, por exemplo, quem trabalha no estado, faz de nós uns seres humanos úteis das sete até as quatro da tarde. Depois de um café na esquina, pagamos a conta do final do mês, ao pagar a conta tem uma novidade que nos obriga a gastar, a consumir, depois de mais uma novidade vem uma nova moda e vem com tanta rapidez como se calçassem rodas, depois da nova moda aprendemos a esticar as mãos com facilidade de estar sempre a pagar as dívidas e alimentar a forma de sentirmos iguais aos outros, vem as crianças que crescem, vem o tempo que muda, ao levantarmos de manhã para irmos ao trabalho, ao olharmos no espelho vemos outra pessoa no espelho que esqueceu de nos olhar na cara e, passou todo o tempo nos observando, abrimos a janela e a cidade já não é a mesma coisa, o tempo captura o novo e nos entrega a velhice, tudo dentro dos nossos impostos, feito quando o nosso corpo está em bom estado. Com o tempo o estado se renova e entra outras pessoas novas em nosso lugar e, ao sermos descartados, ficamos em péssimo estado e mal conservados.
Marido vê para a esposa com alguma estranheza e grunhe a cara.
— Mulher vamos dormir, já vi que essas coisas de novela já lhe entraram pela cabeça. Foram deitar e depois de apagarem o podogo1 e os grilos terem começado a cantar. No teto da casa podia-se ver através de alguns buracos as estrelas a riscarem o céu e o marido a pensar de olhos arregalados, ele a assinar o livro de ponto no seu primeiro dia de trabalho. Virou de mão na cama e disse.
— Esposa, é bem capaz de ter alguma razão sobre o estado.
— Deita marido, deita que temos a camaradinha para apanhar bem cedo.
— Estou deitado, só me falta dormir esposa, ora essa, pensa, pensa.
— Dorme marido, dorme, finalizou a mulher morta de sono.

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