Halloween party ideas 2015

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É. a cidade foi o seu rosto de surto,
depois, foi-se a meter como freguesia,
dentro do seu corpo.
a cidade foi só ele, sem resistência.
quase que esquecemos de ser, por momentos. só grandes mudos.
Aquele lugar mais a norte que rompe,
onde nasce a iniciação e todo o promontório, de maus homens,
cheios de bons costumes, antepassados costumes.
ainda que os deuses andam a estagiar nessas nossas maneiras estranhas,
de ser um mero homem, já quase sem nome com idolatria no sangue.
era só uma voz que ecoa por toda a parte da cidade.
as vezes, a cidade era um butikim plantado de mariposas.
ali perto dos olhos, todas as fragrâncias e traços das águas:
migram para dentro as suas próprias lágrimas.
era só um homem grosso que quebrava em pé,
mais a frente não se entendia por que crescia mais que o corpo,
talvez fosse ele o homem do seu sorriso, se não, é a extensão do monte, graciosa
andavam a viver disfarçados um, na cara do outro.
talvez uma cabeça inteira fosse mais importante que certos papeis,
timbrados para amputar certas portas,
mesmos as invisíveis, a varapaus e cabeçadas em grossos ventos e chuvas,
as vezes empurravam o país, e por aí ficamos
e por aí ele ficou.
talvez, era só a entoação da morte
entoando as canções de outono nas folhas,
de um coração que demora em mudar de maneiras vivas,
em pele meramente humana,
que gasta, sangra e morre.
depois nem isso,
nem nome,
nem a imagem do homem,
só medo das coisas
sem espanto e sem a cara.

Poema de Mário Loff em homenagem à Rumba. 
Tarrafal, 2017

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