Batuku. Já há muito tempo que já conquistaram o direito de dançar batuque, através desta dança a nossa entrevistada ficou cativada desde a idade criança, aquele bichinho o mordeu e ficou a marca, a marca de batucadeira. Hoje ela é uma das vozes mais ouvidas neste género musical em Cabo Verde e em particular no Tarrafal. Já cantou em vários países em destaque, foi a sua participação no festival da lusofonia em Macau. Hoje já não é aquela menininha que participou no grupo de batuque de Kobon Sanches com apenas 9 anos, hoje ela responde pelo nome de Mâ, mas o que ela gosta mesmo é ser reconhecida como Marisa Ramantxada que arranja tempo para ensaiar dois grupos de Batuku e dar assistências na associação Delta Cultura.
No dia do seu aniversario fomos entrevista-la.
Afinal quem é a Mâ, Marisa e ainda Marisa Ramantxada?
Má era uma criança que nasceu e cresceu com muitas dificuldades na vida, ao contrário da Mâ a Marisa era um jovem inocente.
Marisa Ramanxtada é uma Mulher que agora luta pela igualdade social, luta pelo seu direito, e que cumpre o seu dever, e que aprendeu a se defender para que nunca mais o abusem dela. Em fim, sou aquela Mulher que escala a montanha da vida removendo as pedras e plantando as flores espalhando sorrisos.
Como se deu o seu encontro com a arte de Batuku?
Desde da idade de criança fui amante de Batuku, eu gostava de ver pessoas que dançava torno (pui na tornu), por tanto gostar desta arte, já com 9 ano de idade tinha sido um dos elementos de grupo Covão Sanches, que era comandada pela Dona Marilena de Gau.
Como se deu o seu encontro com a arte de Batuku?
Desde da idade de criança fui amante de Batuku, eu gostava de ver pessoas que dançava torno (pui na tornu), por tanto gostar desta arte, já com 9 ano de idade tinha sido um dos elementos de grupo Covão Sanches, que era comandada pela Dona Marilena de Gau.
O que é o Batuku?
Essa é uma pergunta que sempre se faz… para mim Batuku é a alma de um povo neste caso o povo Cabo Vendeano, Batuku é misturas de tudo, de tristeza, de solidão da dor, da fome e da fartura de tudo o que faz bem a alma.
A onde arranjas forca para estares na associação Delta Cultura e ainda dar assistência ao grupo de Batuku?
Eu gosto de estar em sintonia com a sociedade e o quotidiano. Eu me levanto às 7 da manha para trabalhar no Centro da Educação DC, saio às 17 da tarde de segunda á sexta e ensaio 2 grupos de Batuku e no final de semana dou conserto de Batuku acompanhando as minhas meninas.
Qual foi a sua maior conquista no Batuku até hoje?
Sabe, com o batuco eu aprende muitas coisas que ensinei para as crianças e jovens, e também aprende com elas, sobre tudo como estar na sociedade… mas também fico feliz de ver que Delta Cultura fez muito para batuco, já levou batuco para países estrangeiros, ensinam crianças desde pequena tudo sobre batuco.
Qual são as dificuldades da associação Delta Cultura ou seja o que mais precisam neste momento, o prioritário?
Bom a maior dificuldade da Delta Cultura é encontrar pessoas voluntários, aqui no Centro, como sabe, a associação trabalha de Segunda a Segunda com 260 crianças e jovens, e aqui temos 7 monitores, e muitas das vezes os trabalhos no fim-de-semana exige mãos de obra extras e se aparecesse voluntários seria bem-vindo.
Qual foi a maior conquista da Delta Cultura?
Foi a construção do Centro e a vinda das crianças que gostam muito de frequentar este Centro, que é deles.
Para quando a reabertura da vossa rádio?
Por enquanto o projecto está parado por causa do financiamento, a DC não vai desistir de procurar, encontramos um parceiro que vai nos ajudar, pagando a licença todos os anos, estamos a procura dos equipamentos necessários, e modificar o espaço e torna-lo uma área mais atrativo.
Quais assuntos que mais retratam nas vossas músicas?
Sensibilização do ser humano, informação sobre a vida e um pouco do nosso quotidiano sendo Batuku um dos expoentes da nossa cultura que apareceu através do quotidiano deste grande povo.
Como esta a cultura em Cabo verde e em Tarrafal em particular?
Para mim, a Cultura está a evoluir, e no Tarrafal está ganhando o terreno tendo em conta que esta nova geração esta aproveitando as oportunidades que se vão criando, desta forma, acho que tem de se reforçarem outras áreas para que essa evolução não fica estagnada.
Você se considera famosa? Quais são as armadilhas da fama?
Não, não eu não me considero famosa! E nem quero ser, só quero dar a minha alma e melhor de mim para sociedade Cabo-verdiano.
Sou alegria de quem me ama,
a tristeza de quem me odeia,
Ocupação de quem me inveja,
a tristeza de quem me odeia,
Ocupação de quem me inveja,
Pergunto eu, tens bastantes amigos e inimigos para fazeres esta poesia?
Tenho bastante amigos, mas também, considero que muito deles são os meus inimigos! O importante é que sei que não estou sozinho.
No dia 24 de Fevereiro na teu perfil diseste “ es ano nkasta fasy jantar de gala pa 8 de Março 2015… gossi é pa nhós fasi pan bai xinta pan djanta tanbé” … pergunto eu, porquê esta indisposição? Sentiu a falta de estar do outro lado nessas ocasiões?
Por mas que eu possa ser uma mulher batalhadora muitas vezes me sinto falta de força para seguir em frente nesta actividade, mas também eu sinto vontade de estar no outro lado nessas ocasiões.
No dia 21 de Dezembro de 2012 publicaste assim, “Satanaz sai so rosto fora odjan so na da ku tornu la na rua é skece karka dedu na boton pa kel asuntu na seu kumesa… nton mundu fika sem kaba…”
Marisa isto, é uma citação ou uma provocação?
É un konbersu sabi!!!!
O meu Livro Preferido.
Livros que retrata assuntos relacionados com a Teoria e a História e
Livros que retrata assuntos relacionados com a Teoria e a História e
Corpo ativo e Mente Desperta
Qual autor que descobriu e que gostou, e qual autor que ainda não descobriu que gostarias de descobrir?
Ainda não discobri o meu autor preferido.
O que é a vida?
Muitas vezes é dificil entender o que é a vida…
Muitas vezes é dificil entender o que é a vida…
Qual é a tua cor preferida?
Vermelha, Preto e Azul
Vermelha, Preto e Azul
País preferido? Além de Cabo Verde
Republica Domenicana
Republica Domenicana
Como querias ser lembrada?
Nun terrerro de Batuku
Nun terrerro de Batuku
Que pergunta gostarias de me fazer que eu não te fiz ainda?
__________________
__________________
Qual foi o maior mal que já fizeste?
Erei muito na vida sim, assim como todos os ser humano, mas o mais importante é aprender com os erros e seguir em frente com cara levantada e tenho feito isso todos os dias com muita humildade. Às vezes o a palavra mal é que possoi vários segnificados, mas eu acho que eu fiz o contrário do mal…
Erei muito na vida sim, assim como todos os ser humano, mas o mais importante é aprender com os erros e seguir em frente com cara levantada e tenho feito isso todos os dias com muita humildade. Às vezes o a palavra mal é que possoi vários segnificados, mas eu acho que eu fiz o contrário do mal…
Quem mais mal fez ao mundo?
Toda Humanidade
Toda Humanidade
Que mensagem deixarias para os que estão errando neste momento e qual mensagem deixaria para os que não erraram ainda.
Eu não quero julgar as pessoas porque se diz que errar é humano! Mas eu temo pela igualdade social no mundo.
Eu não quero julgar as pessoas porque se diz que errar é humano! Mas eu temo pela igualdade social no mundo.
Obrigado pela entrevista.
Postar um comentário